Polícia Civil apreende R$ 130 mil em operação que investiga homicídios e lavagem de dinheiro
09/09/2025
(Foto: Reprodução) Polícia Civil apreende R$ 130 mil em operação que investiga homicídios e lavagem de dinheiro
Susane Costa/Inter TV dos Vales
A Polícia Civil de Minas Gerais deflagrou nesta terça-feira (9) a Operação Ciclo de Sangue, em Governador Valadares, com o objetivo de investigar a conexão entre homicídios, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. A ação mobilizou cerca de 30 agentes, incluindo 24 policiais civis e quatro delegados, e resultou no cumprimento de oito mandados de busca e apreensão em diversos bairros da cidade.
Segundo o delegado responsável pela operação, “essa operação decorre de duas investigações conectadas a crimes de homicídio, crimes contra a vida”. Ele explicou que as diligências foram realizadas por equipes da Delegacia de Homicídios, Patrimônio, Furtos e Roubos, e que os mandados foram cumpridos em bairros como Vila Isa, JK 1, JK 3 e Santa Rita.
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Durante a ação, foram apreendidos cerca de R$ 130 mil em espécie, além de diversos equipamentos eletrônicos, como aparelhos de ar-condicionado, relógios e celulares novos em caixas lacradas.
“Essa apreensão de valores em espécie e também de objetos dentro de uma residência é um indicativo forte que já existia na investigação de lavagem de dinheiro”, afirmou o delegado. “Ninguém tem em casa tantos equipamentos, tantos objetos para venda e tanto dinheiro em espécie.”
As investigações tiveram início há meses. Um dos homicídios investigados ocorreu em abril, no bairro Vila Isa.
“Conseguiu-se apurar que a vítima e seus familiares estavam conectados ao crime organizado, à lavagem de capitais e ao tráfico de drogas”, disse o delegado.
A partir dessas informações, a Polícia Civil representou ao Judiciário, que deferiu os mandados de busca.
Polícia Civil apreende R$ 130 mil em operação que investiga homicídios e lavagem de dinheiro
Susane Costa/Inter TV dos Vales
Apesar da apreensão, não houve prisões. O delegado também informou que foram aplicadas medidas cautelares a dois investigados, como uso de tornozeleira eletrônica e restrições de horário.
Sobre a origem dos materiais apreendidos, o delegado afirmou que “não foi apresentado nenhum tipo de documentação. Esse tipo de valores monetários depositados em casas não é comum, é incomum”. Ele ressaltou que, caso os investigados apresentem comprovação de origem lícita, os bens poderão ser devolvidos.
A investigação segue em andamento, com análise de documentos, degravação de áudios e perícia dos equipamentos apreendidos.
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